Áudios de Ciro Nogueira e Paulinho da Força divulgados nesta sexta-feira (15) por O Antagonista podem acelerar uma possível retirada do apoio nacional do Solidariedade a Lula — nos estados, o partido já liberou seus diretórios, conforme apurou este site.
Paulinho não gostou de ter sido vaiado ontem durante um evento com o ex-presidente petista e centrais sindicais em São Paulo. Aproveitando-se da situação, Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro, convidou o colega deputado a aderir ao bloco de apoio à reeleição do atual presidente. Como noticiamos mais cedo, Paulinho (foto à direita) respondeu que está pensando sobre o assunto.
Diante dessa situação, é cada vez mais real a possibilidade de Paulinho e seu grupo político pularem fora do barco do PT também em âmbito nacional.
O deputado Aureo Ribeiro, do Solidariedade do Rio de Janeiro, disse que o ocorrido no evento de ontem e os áudios divulgados hoje “foram bons para o partido repensar” a aliança formal com os petistas.
“O Bolsonaro tinha um cercadinho. E o PT tem um quadradinho. A gente está vivendo com dois mundos, cada um falando para o seu público. Mas o Bolsonaro está sendo mais objetivo, desde que ‘incorporou a política’ e levou o Centrão para dentro. Já o PT está naquela mesma discussão de falar para sindicalistas, indígenas… e se esquece de falar daquilo que o Brasil quer mais discutir hoje, que são assuntos como família, fome, emprego para jovens. O PT continua naquela mesma política sindical de antigamente.”
Aureo emendou:
“Se o PT quiser fazer um plano para governar o país sozinho, que faça, não precisa do Solidariedade. Eu quero fazer parte de uma discussão que encontre soluções para os problemas reais do Brasil.”
O deputado Zé Silva, do Solidariedade de Minas Gerais, afirmou que em seu estado o partido já decidiu que não apoiará nem Lula nem Bolsonaro. “O partido já liberou todos os diretórios estaduais para tomar uma decisão. Aqui, já decidimos: o diretório já está liberado. Não vamos com nenhum dos dois: nem com Lula (foto, à esquerda) nem com Bolsonaro.”
O Antagonista