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ECONOMIA

“Nossa inquietação é sempre encontrar soluções atuais para a indústria”, diz Amora Vieira, nos 23 anos do CTGAS-ER

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O Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do SENAI-RN, completou 23 anos neste sábado (22), com ‘novos ares’ e vigor para ir além.  Essas e outras análises são apresentadas pela diretora do Centro, Amora Vieira.

Na entrevista a seguir, ela explica como a instituição tem se adaptado e se fortalecido para atender às crescentes demandas da indústria, com foco na educação profissional e em soluções tecnológicas para setores estratégicos.

A executiva detalha como o Centro tem respondido às mudanças na indústria de energias renováveis, à evolução das necessidades da indústria de transformação e à integração de novas tecnologias, como a inteligência artificial.

Inaugurado em 22 de março de 2002, o CTGAS concentrou o foco inicialmente no gás, em um contexto em que a mão de obra no Brasil dependia de pessoas estrangeiras.

A criação da instituição começou a ser discutida em 1997 por Petrobras, CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Sistema FIERN, através do SENAI, como meio de prover o país de soluções educacionais para formação de sua própria base de profissionais, e de serviços técnicos e tecnológicos, na época, para essa indústria.

O lançamento das operações foi sucedido por uma série de iniciativas com essa perspectiva e pelo atendimento também a outras atividades. Uma delas, a energia eólica, desponta entre os marcos da trajetória a partir de 2009.

Foi nesse período, o mesmo em que foram realizados os primeiros leilões no Brasil de energia eólica, que a instituição ampliou a atuação para a indústria das energias renováveis e passou a se chamar CTGAS-ER.

Vieira destaca a importância de parcerias com instituições nacionais e estrangeiras ao longo desse percurso e como o CTGAS-ER está se preparando para os desafios do futuro, como a eólica offshore e o hidrogênio, com a formação de profissionais especializados para as indústrias que estão por vir.

Confira, a seguir, a entrevista com a diretora:

ENTREVISTA – AMORA VIEIRA | DIRETORA DO CTGAS-ER

Com que vigor o CTGAS-ER chega aos 23 anos de história?

Chega com o vigor de um jovem, na flor da idade de construir e perpetuar o que a gente construiu ao longo desses anos, com foco em soluções para a indústria do Rio Grande do Norte e do Brasil, olhando para a educação profissional e para serviços tecnológicos da indústria. Existem fatores que endossam ainda mais uma mudança de ares em relação ao CTGAS-ER, quando a gente fala da sua atuação, que é olhar para as novas tecnologias educacionais que atenderão o setor industrial. Por exemplo, quando a gente fala de inteligência artificial, da conexão de uma turma de curso técnico de eletrotécnica com a robótica, de um técnico de eletrotécnica com a IA. Então, quando a gente olha para a educação, é importante destacar essa nossa constância e propósito de olhar para as profissões que a indústria vai contratar ou tem na sua base industrial, e que precisa fazer uma readequação em termos de tecnologia.

Como tem se dado a resposta do Centro às mudanças nas necessidades da indústria, especialmente em relação à formação de profissionais para novas tecnologias?

Olhando para a educação profissional, o que é o vigor de uma instituição que se consolida com 23 anos de entrega para a indústria do Rio Grande do Norte e para o Brasil? A nossa inquietação é sempre encontrar soluções atuais para a demanda da indústria, é estarmos conectados com a provocação que o mercado de trabalho faz, com inquietude sobre aquilo que a indústria demanda e olhando para as soluções, sejam elas de infraestrutura ou de desenvolvimento de pessoas para entregar aquela solução. Eu posso mencionar que, nos últimos meses, a gente tem sido provocado pela indústria de energias renováveis a encontrar novas soluções para a formação de pessoas, em caráter customizado.

De onde parte essa provocação?

De empresas grandes do setor, já consolidadas, e que entenderam que o SENAI é uma instituição que entrega uma formação particular para atender a uma necessidade específica daquela indústria. E quando eu olho para a indústria da transformação, por exemplo, em termos gerais, a gente está olhando para aquilo que, de fato, está acontecendo naquela indústria em termos de evolução tecnológica. Quando a gente fala, por exemplo, de inteligência artificial. Como é que isso se conecta com as profissões que estão postas agora e com aquelas que vão acontecer no futuro próximo, como, por exemplo, o hidrogênio. A gente tem falado de eletromobilidade e nós desenvolvemos em parceria com uma instituição uma solução de realidade aumentada para o nosso curso de eletromobilidade envolvendo aplicação de hidrogênio. Então, isso, quando a gente olha para a nossa história construída, lá atrás, para atendimento às distribuidoras de gás – que é mantido, é nosso portfólio – de encontrar soluções de metrologia para a indústria, de educação para a indústria, olhando com o foco nos CTGAS, a gente se reposiciona como instituição de 23 anos, sempre nessa inquietude de olhar e entregar para a indústria do Rio Grande do Norte, do Brasil, as soluções em tecnologias, em assessoria, consultoria e em educação.

Você está falando sobre mudanças no perfil da demanda da indústria e mudanças no posicionamento da instituição. Qual é o grande desafio dentro desse cenário?

Quando eu olho para as mudanças daquilo que a indústria fala em relação à formação de pessoas, é a gente perceber, meio que em tempo real ali, porque a demanda da indústria é atual. Grande parte dela é do tipo ‘eu preciso que o SENAI atue na formação de um profissional que faça um serviço de uma reparação ou de uma manutenção em uma pá.

E aí eu preciso estar junto, conectado com essa empresa, para entender dela as reais necessidades que ela tem da formação daquele grupo de pessoas e qual é o tempo que ela precisa desses profissionais postos no mercado para poder fazer uma possível contratação.

Quando a gente olha, por exemplo, para uma parceria firmada com a Vestas, que nós fizemos um trabalho de revisitar o que nós estávamos entregando em termos de formação profissional para turmas de eletromecânica, isso trouxe para a gente uma visão

e um direcionamento olhando para aquela ocupação, já existente no SENAI há anos,

mas com outro olhar, mais direcionado a uma determinada indústria que nos sinalizou uma necessidade sobre, por exemplo, ter exemplos voltados para a indústria de energia eólica,

nas turmas do Técnico em Eletromecânica, em parceria com a Vestas.

Agora essa demanda por atualização, o “eu preciso de um profissional novo”, é só da indústria de energia eólica ou outras indústrias do estado também estão buscando esse novo profissional, da inteligência artificial, o que entenda de novas técnicas?

Isso é generalizado ou está focado em segmentos específicos?

Eu não falaria que isso está generalizado, mas eu traria exemplos não só de renováveis, mas também de áreas como a refrigeração. Olhando para esse segmento eu destaco parcerias que nós firmamos nos últimos anos, com empresas e instituições que impulsionaram o SENAI do Rio Grande do Norte em incremento de portfólio e na própria infraestrutura, de modo que aquele profissional da refrigeração deixou de ser apenas um profissional que faz a instalação de um ar condicionado.

A gente está refinando essa técnica da instalação, trazendo conceitos de sustentabilidade vinculado àquela profissão e trazendo oportunidades para que aquele profissional trabalhe com a tecnologia mais atual dentro da sala de aula do SENAI, reforçando o nosso propósito de sempre ter teoria e prática vinculada. Então você tem o movimento na área de refrigeração que está impulsionando aquele profissional que atuava nessa área, trazendo para ele um outro olhar, não digo mais profissional, mas um olhar que impulsiona uma visão da sua própria ocupação para a indústria. Então, a gente acaba valorizando aquele profissional, diferenciando ele para que ele pense que o que ele está fazendo hoje em uma residência ou dentro de uma indústria, ou em um pequeno negócio é além de uma instalação simples de um aparelho de ar condicionado, por exemplo. Essa jornada dos 23 anos do CTGAS-ER também se consolida por uma entrega técnica nossa, de qualidade, validada pelo mercado. Há um compromisso do SENAI, que obviamente esse compromisso, ele só acontece porque há uma equipe, um time preparado para fazer essa entrega. E aí isso nos traz a credibilidade e uma reputação e reconhecimento para que a gente agregue parcerias estratégicas, por exemplo, para a área de educação.

Qual o papel das parcerias nesse processo de consolidação do Centro?

Essa construção e essa consolidação nos últimos 23 anos também se faz com parceiros, parceiros estratégicos com foco em educação profissional, por exemplo. Olhando para a refrigeração, a agência alemã GIZ, a Midea Carrier, a TCL e a Clean&Code estão aqui dentro do SENAI do Rio Grande do Norte, em parceria conosco, desenvolvendo, aprimorando as habilidades técnicas da equipe de refrigeração e incrementando a nossa infraestrutura para a formação de pessoas. As parcerias são importantes para o SENAI. Também trago, nesse mesmo entendimento, a Vestas com a formação de pessoas em turmas de aprendizagem técnica no interior do estado. É importante mencionar que quando a gente olha para a atuação do CTGAS a gente está olhando para o Rio Grande do Norte, está olhando para o Brasil, principalmente na entrega de serviços da área de metrologia, de  grandezas pressão, vazão, temperatura, qualidade do gás e a área de materiais. E nessa nossa atuação de anos voltados para a área de petróleo e energias renováveis, nós temos capilarizado isso na rede SENAI, trazendo situações de sucesso que ocorreram aqui no nosso estado, na formação de pessoas para a indústria. Olhando para o futuro, olhando para aquilo que nos dá o fôlego de continuar, a gente tem agora uma estratégia para 2025, para se reposicionar em termos de entrega para a indústria da transformação. Para trazer para eles uma entrega de caráter singular, aderente de fato à necessidade dessa indústria na formação de pessoas e soluções de consultoria e assessoria.

Quais são os principais cursos técnicos do SENAI que atendem às demandas industriais do estado, e como a instituição contribui para a inserção das pessoas que escolhem essas áreas no mercado de trabalho?

Os nossos dados internos mostram destaque para os cursos técnicos de eletrotécnica, eletromecânica, automação e refrigeração, e que essas profissões e ocupações se conectam com a diversidade de indústrias do estado, sejam elas de alimentos, na área têxtil, de moda, de renováveis ou de petróleo. Obviamente a gente tem um compromisso com quem busca o SENAI, sejam pessoas físicas ou jurídicas, e olhando para aquela pessoa que escolheu o SENAI para colocar no currículo como instituição que a formou, nós podemos afirmar que temos um compromisso de, além da formação técnica, fazer um encaminhamento responsável para o mercado de trabalho, conectando essas pessoas que têm interesse em vagas de emprego formais no setor.

E como o CTGAS-ER está se preparando para as futuras demandas da indústria, como eólica offshore e hidrogênio, considerando que o Centro está inserido em um contexto onde o SENAI também atua na pesquisa aplicada e no ensino superior? De que forma a colaboração com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), por exemplo, impacta a formação de profissionais no estado?

O CTGAS-ER faz parte de um hub de inovação e tecnologia consolidado no Rio Grande do Norte, onde se conecta também com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis. E o que isso significa para a gente em termos de valor estratégico? Nós estamos conectados com pesquisadores que estão olhando para a vanguarda da pesquisa e para como isso, por exemplo, poderia implicar na existência de uma nova ocupação para atender a uma nova demanda da indústria, que está por acontecer, como a eólica offshore. Essa sinergia existente entre o CTGAS e o Instituto SENAI de Inovação impulsiona significativamente a nossa atuação, conectando perspectiva de futuro, de pesquisa aplicada, que é a atuação do Instituto, com a necessidade de formação de pessoas para atender aquele novo segmento industrial com foco em energias renováveis, por exemplo, e também desenvolvendo serviços agregados a essa nova rota tecnológica. Quando a gente fala sobre ter um laboratório e um centro de excelência atuando na formação de pessoas na área de hidrogênio, temos um exemplo significativo do que estamos conversando, que é pesquisa em hidrogênio, um centro de excelência para a formação de pessoas em hidrogênio e a submissão de projetos conjuntos envolvendo ISI e CTGAS, envolvendo formação de pessoas para a indústria de hidrogênio.

Tribuna do Norte

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ECONOMIA

Governo cumpre acordo e reduz carga tributária do Regime Atacadista para 6,1%

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O Governo do Estado anunciou que vai retornar a carga de ICMS para 6,1% para o setor atacadista, inscritos no Regime Especial, após a entrada em vigor da nova alíquota modal do imposto de 20%, no Rio Grande do Norte. A decisão foi pauta da reunião, nesta sexta-feira (28), entre o secretário Estadual de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, e representantes da Fecomércio-RN e do Sindicato do Comércio Atacadista do RN (SINCAD). O decreto com a manutenção da carga tributária para o setor deverá ser publicado na edição do Diário Oficial do Estado deste sábado (29 ).

A medida do Governo busca a abertura de novos postos de trabalho nesse segmento e também fortalecer a competitividade dos atacadistas potiguares em relação aos dos demais estados do Nordeste.

O setor atacadista conta um regime especial com carga tributária diferenciada no RN em comparação com o regime normal. A alíquota para esse sistema foi atualizada para 7,1% em função da redução da modal para 18%, no ano passado. Com o decreto, os contribuintes desse segmento passarão a recolher, em vez de 7,1%, apenas 6,1%, o mesmo em vigência quando a modal era de 20%.

As empresas contempladas pelo benefício fiscal terão três meses para se adequar aos novos critérios introduzidos na legislação.

Tribuna do Norte

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ECONOMIA

RN teve saldo de 2,4 mil novos empregos formais em fevereiro

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O estado do Rio Grande do Norte registrou, em fevereiro, um saldo de 2.495 novos postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 22,5 mil admissões e 20 mil desligamentos no mês. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e foram divulgados nesta sexta-feira (28), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

O resultado é positivo também para o primeiro bimestre do ano, período em que o estado soma 2,2 mil novas vagas formais. Já nos últimos 12 meses, o saldo registrado no Rio Grande do Norte é de 34,7 mil empregos. O estoque, ou seja, a quantidade total de pessoas formalizadas trabalhando no estado, chegou a 538,2 mil pessoas. 

Em fevereiro, o Rio Grande do Norte apresentou desempenho positivo em três dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas. O destaque foi o setor de Serviços, que terminou o mês com um saldo de 2.367 vagas. Na sequência aparecem Construção (726) e Comércio (558). Os setores de Indústria e Agricultura apresentaram saldo negativo, com menos 101 e 1.055 vagas, respectivamente. 

No estado, as novas vagas com carteira assinada foram ocupados, em sua maioria, por pessoas do sexo feminino (1.827). Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas (2.249) com as vagas no Rio Grande do Norte. Jovens entre 18 e 24 anos são o grupo com maior saldo de vagas no estado: 1.627.

A capital Natal foi o município com o melhor saldo no estado em fevereiro, com 1,9 mil novos postos. A cidade tem hoje um estoque de 235 mil empregos formais. Na sequência dos municípios com melhores desempenhos no mês de fevereiro no estado aparecem Currais Novos (146), Macaíba (144), Parnamirim (132) e Caicó (120).

Tribuna do Norte

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ECONOMIA

Dívida Pública sobe 3,3% em fevereiro e aproxima-se de R$ 7,5 trilhões

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As emissões mensais recorde e o baixo volume de vencimentos de títulos fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) subir em fevereiro. Segundo números divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 7,253 trilhões em janeiro para R$ 7,492 trilhões no mês passado, alta de 3,3%.

Em junho do ano passado, o indicador superou pela primeira vez a barreira de R$ 7 trilhões. Mesmo com a alta em fevereiro, a DPF continua abaixo do previsto. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no início de fevereiro, o estoque da DPF deve encerrar 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 0,23%, passando de R$ 6,951 trilhões em janeiro para R$ 7,178 trilhões em fevereiro. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 189,92 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis prefixados (com juros definidos antecipadamente) e atrelados à taxa Selic (juros básicos da economia). A alta foi reforçada pela apropriação de R$ 70,85 bilhões em juros.

Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) em 14,25% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 145,39 bilhões em títulos da DPMFi, o maior volume mensal desde o início da série histórica, em novembro de 2006. Com o baixo volume de vencimentos em fevereiro, os resgates somaram R$ 33,976 bilhões, o volume mais baixo desde dezembro do ano passado.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 4,15%, passando de R$ 301,81 bilhões em janeiro para R$ 314,34 bilhões em fevereiro. Os principais fatores foram a alta de 1,35% do dólar e a emissão de US$ 2,5 bilhões em títulos no exterior, que aumentaram o endividamento do governo.

Colchão

Após forte queda em janeiro, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) voltou a subir. Essa reserva passou de R$ 744 bilhões em janeiro para R$ 889 bilhões no mês passado. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi a forte emissão líquida (emissões menos resgates) no mês passado.

Atualmente, o colchão cobre 6,66 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,267 trilhão em títulos federais.

Composição

Apresar da forte emissão de títulos corrigidos pelos juros básicos e prefixados (com rendimento definido no momento da emissão), a composição da DPF mudou pouco. A proporção dos papéis atrelados à Selic caiu de 47,98% em janeiro para 47,77% em fevereiro. O PAF prevê que o indicador feche 2025 entre 48% e 52%. Esse papel está atraindo o interesse dos compradores por causa das recentes altas da taxa Selic.

A fatia dos papéis prefixados subiu de 20,15% em janeiro para 20,54% em fevereiro. O PAF prevê que o indicador feche 2025 entre 19% e 23%. Normalmente, os papéis prefixados indicam mais previsibilidade para a dívida pública, porque as taxas são definidas com antecedência. No entanto, em momentos de instabilidade no mercado financeiro, as emissões caem porque os investidores pedem juros muito altos, que comprometeriam a administração da dívida do governo.

A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF caiu levemente, passando de 27,72% para 27,51%. O PAF prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 24% e 28%.

Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública passou de 4,15% para 4,18%. A dívida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2025, entre 3% e 7%.

Prazo

O prazo médio da DPF caiu de 4,11 para 4,08 anos. O Tesouro só fornece a estimativa em anos, não em meses. Esse é o intervalo médio que o governo leva para renovar (refinanciar) a dívida pública. Prazos maiores indicam mais confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos.

Detentores

As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 29,8% de participação no estoque. Os fundos de pensão, com 24,1%, e os fundos de investimento, com 22,3%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

Mesmo com a redução da instabilidade no mercado externo, a participação dos não residentes (estrangeiros) caiu de 9,9% em janeiro para 9,7% em fevereiro. Em novembro, o percentual estava em 11,2% e tinha atingido o maior nível desde janeiro de 2018, quando a fatia dos estrangeiros na dívida pública estava em 11,2%. Os demais grupos somam 14,2% de participação.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

Agência Brasil

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ECONOMIA

Rendimento mensal do trabalhador bate recorde e chega a R$ 3.378

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O rendimento médio do trabalhador brasileiro chegou a R$ 3.378, o valor mais alto já registrado desde 2012, quando começou a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28), e mostram que, em um ano, a alta na renda dos trabalhadores foi de 3,6%. O recorde anterior era do trimestre encerrado em janeiro de 2025, com R$ 3.365.

Os valores são deflacionados, ou seja, levam em conta a inflação acumulada no período, fazendo com que a comparação reflita o real poder de compra do trabalhador.

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. O levantamento apontou que, no trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego foi de 6,8%.

Formalidade aumenta renda

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, frisa que parte do recorde do rendimento médio pode ser explicada pela redução da informalidade no mercado de trabalho.

A taxa de informalidade ─ trabalhadores que não têm garantidos direitos como férias, contribuição para a Previdência Social e 13º salário ─ teve “ligeira redução”, caindo a 38,1% da população ocupada. No trimestre terminado em novembro de 2024, estava em 38,7%.

“Se hoje, na minha população ocupada, eu tenho uma maior proporção de trabalhadores formais do que havia anteriormente, é esperado que essa média [de rendimento] aumente, dado que, de modo geral, os trabalhadores formais têm um rendimento maior que os não formais”, explica.

A pesquisadora contextualiza ainda que o número total de ocupados ficou em 102,7 milhões de pessoas, 1,2% menor que o do período terminado em novembro, sendo que o grupamento administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi responsável pela subtração de 468 mil ocupações.

Beringuy ressalta que esse número representa um comportamento sazonal da administração pública, que dispensa funcionários temporários no começo de ano. “Foi o segmento do setor público com os menores rendimentos, que são aqueles dos contratos temporários”, afirmou ela, se referindo a trabalhadores da área da educação fundamental. Dessa forma, com o corte de pessoas com menores salários, o rendimento médio tende a aumentar.

O reajuste do salário mínimo para R$ 1.518, no começo do ano, foi outro fator que contribuiu, em menor escala, para o recorde no rendimento do trabalhador.

Segundo Beringuy, o reajuste serve como referência de rendimento mesmo para quem não tem carteira assinada. “O salário mínimo é um balizador importante no mercado de trabalho, principalmente entre os trabalhadores informais”.

Massa de salários

Outro dado recorde apontado pelo IBGE é a massa salarial, que alcançou R$ 342 bilhões. O montante consiste na soma de todos os valores que os trabalhadores recebem e funciona como um motor da economia. Em um ano, esse total teve crescimento de 6,2% (mais R$ 20 bilhões).

Contribuição para a previdência

De acordo com o IBGE, o trimestre encerrado em fevereiro de 2025 teve 67,6 milhões de trabalhadores que contribuíam para a previdência social. Esse numero não inclui apenas trabalhador com carteira assinada. “Pode ter um trabalhador por conta própria que contribui para o instituto de previdência”, exemplifica Beringuy.

Esse contingente representa que 65,9% dos ocupados contribuíam para institutos de previdência, maior percentual desde o trimestre encerrado em julho de 2020 (66,1%).

“O recuo da informalidade e, consequentemente, o aumento da proporção do trabalho formal contribuiu para essa expansão de cobertura previdenciária”, explica a coordenadora do IBGE.

O ponto mais alto de contribuição para a previdência foi em junho de 2020 (66,5%).

Agência Brasil

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ECONOMIA

Global Eggs: produtora de ovos brasileira compra empresa americana e cria gigante mundial

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A brasileira Global Eggs, que pertence ao empresário Ricardo Faria, sócio da Granja Faria, anunciou a compra da americana Hillandale Farms por US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões). Com a aquisição, a empresa, que já é dona da espanhola Hevo, se torna a segunda maior produtora de ovos do mundo, atrás apenas da Cal-Maine Foods, também dos Estados Unidos.

Considerando dados do ano passado, o faturamento da Global Eggs e da Hillandale Farms chega a US$ 2 bilhões, com geração de caixa superior a US$ 500 milhões e um plantel de 41 milhões de aves. Com a crise do mercado americano de ovos causada pela gripe aviária, no entanto, os resultados tendem a ser bem maiores neste ano.

Além de Faria, o fundo de private equity (especializado na aquisição de participações em empresas) Economia Real II, do BTG Pactual, também se tornou sócio do negócio, com participação de 11% no capital da Global Eggs – o fundo do BTG pagou US$ 300 milhões por essa fatia.

O banco assessorou a compra ao lado do Rabobank, enquanto o Houlihan Lockey assessorou a parte vendedora, a família Bethel – a Hillandale Farms foi fundada em 1958 por Orlando Bethel e tem sede em Greensburg, no Estado da Pensilvânia (EUA).

Por trás da estratégia de criação de uma marca global, está a mudança no consumo de ovos em todo o mundo, segundo pessoas a par do tema. Antes visto como um produto mais voltado a consumidores de baixa renda, o insumo se tornou “mainstream” em diferentes classes sociais, entrando de vez no café da manhã de muitas famílias, que deixaram de lado pães e leite. Recentemente também ganhou nichos de mercado, como os ovos orgânicos, com selênio, gourmet, de galinhas criadas soltas.

Estratégia

Ao construir uma companhia global, a empresa pretende compartilhar expertises entre os diferentes mercados. Assim, da Europa poderá ser incorporado o conhecimento para o lançamento de produtos mais sofisticados e em embalagens menores. Do Brasil o nível de segurança alimentar e a eficiência na produtividade. Já dos Estados Unidos, a ideia é ter contato e espalhar o conhecimento em automação, engenharia de produção e distribuição sempre de acordo com profissionais do mercado.

Apesar de a Global Eggs ter feito um pedido de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, para avaliar uma possível oferta de ações, pessoas próximas ao negócio negam que esse seja o principal objetivo da companhia – que é ser a “melhor empresa do mundo”.

A injeção de capital, neste momento, foi feita de maneira privada, sem necessidade de fazer uma oferta pública para levantar recursos no mercado de capitais. Um eventual novo negócio poderia se dar de maneira semelhante. Essa discussão se dará quando necessário, dizem pessoas próximas da empresa. Atualmente, a Global Eggs não tem necessidade de recursos, com endividamento inferior a uma vez a geração de caixa.

As negociações entre Faria e a família Bethel aconteciam havia cerca de um ano. Com 89 anos de idade, Orland Bethel preferiu dividir o dinheiro entre seus herdeiros, e partiu em busca de um comprador. Segundo pessoas próximas à negociação, apesar de ter recebido outras ofertas, houve uma identificação recíproca entre Bethel e Faria. O empreendedor americano se veria mais jovem no brasileiro, que por sua vez teria dito ter encontrado um “pai” nos EUA. A ideia é que Bethel continue próximo à empresa.

Mercado

A gripe aviária, que encareceu os preços dos ovos nos EUA, teria tido impacto neutro na negociação. Isso porque, se por um lado aumenta o valor do produto (o ovo está entre os itens com maiores reajustes nos EUA), de outro representa uma ameaça ao plantel. Para pessoas próximas ao negócio, o objetivo da transação mirou o longo prazo.

Como esse mercado não é voltado a exportações, e, sim, bastante dependente da produção local, as consolidações tendem a continuar acontecendo, num momento já bastante aquecido. Em novembro, a Global Eggs pagou € 120 milhões pela Hevo, segunda maior produtora da Espanha. Em janeiro, a JBS adquiriu por R$ 1 9 bilhão a Mantiqueira, o que marcou a entrada da líder global de carnes no setor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

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ECONOMIA

Em 1 semana, novo consignado privado concede 76% do volume que antigo registrou em janeiro

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Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Nos primeiros sete dias de concessão, o novo crédito consignado privado teve concessões equivalentes a 75,8% do volume emprestado pelos bancos nessa linha em janeiro através do modelo antigo. Além disso, já registrou 80% da concessão mensal média no consignado privado ao longo de 2024.

Entre a sexta-feira passada, 21, e a quinta, 27, foram R$ 1,28 bilhão em concessões, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em janeiro, com o modelo antigo ainda em vigor, foram concedidos R$ 1,69 bilhão em operações de consignado privado, de acordo com o Banco Central.

Ao longo de 2024, a concessão mensal foi em média de R$ 1,602 bilhão. O volume foi consideravelmente maior nas linhas destinadas a aposentados e pensionistas do INSS, com R$ 8,6 bilhões; e a servidores públicos, em que foi de R$ 8,4 bilhões.

O novo consignado privado permite que os bancos façam ofertas de crédito a todos os trabalhadores com carteira assinada, porque as instituições passam a consultar os dados do eSocial, sistema do governo em que as empresas mantêm as informações sobre suas folhas de pagamento.

No modelo existente até então, as instituições só tinham acesso aos dados de funcionários de empresas com as quais haviam firmado convênios. Era um modelo que exigia um grande esforço comercial, o que aumentava os custos e restringia o acesso a esse crédito a trabalhadores de poucas empresas.

Com a mudança, o governo espera que cerca de 25 milhões de trabalhadores tenham acesso ao consignado privado. A expectativa também é de que as taxas sejam menores que as do crédito pessoal sem garantia, e a medida provisória que criou o novo programa estimula a troca de uma operação pela outra.

Estadão Conteúdo

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ECONOMIA

Fiern estimula inovação, IA e liderança feminina com Procompi

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Liderança feminina, gestão da inovação e uso da inteligência artificial (IA) nas vendas estão entre os focos dos projetos que serão executados nas micro e pequenas empresas industriais que aderirem, neste ano, ao Programa de Apoio à Competitividade da Micro e Pequena Empresa (Procompi) no Rio Grande do Norte. O Programa é uma iniciativa que promove a cooperação para superar desafios e estimular a inovação, a produtividade e o crescimento das MPEs em um contexto cada vez mais digital e sustentável. O Procompi tem a parceria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Sebrae e, no RN, da Fiern.

De acordo com Kesiane Santana, responsável técnica na Unidade de Desenvolvimento Industrial da Fiern, há projetos, em 2025, voltados para setores estratégicos da indústria potiguar, além dos que abordam temas transversais para superar desafios comuns a diferentes segmentos industriais.

“O objetivo é trazer um diferencial competitivo, fortalecer o papel da liderança no sucesso do negócio e promover um ambiente mais inovador e sustentável para as empresas”, explica Kesiane Santana.

Os projetos setoriais estão direcionados à cadeia produtiva da indústria do leite e à confecção de bonelaria e vestuário. Já os projetos transversais, abertos a empresas de distintos segmentos, têm como foco três pilares principais: incentivo à liderança feminina, gestão da inovação e transformação digital com inteligência artificial.

Na área de transformação digital, o programa oferece capacitação prática e personalizada. As empresas participantes terão acesso a treinamento em inteligência artificial aplicada ao marketing digital, incluindo mentorias individuais e suporte por três meses.

No campo da inovação, as empresas receberão capacitação e apoio para implementar soluções inovadoras em suas operações, com a inteligência artificial como ferramenta estratégica.

Outro destaque é o projeto “Ela Faz a Indústria”, que busca capacitar lideranças femininas ao desenvolver competências e estimular o protagonismo das mulheres nas indústrias potiguares.

Resultados expressivos

“O Procompi se destaca por sua contribuição às micro e pequenas indústrias, permitindo acesso a ações de grande impacto com custos acessíveis”, afirma Ana Adalgisa, coordenadora executiva de Relações Institucionais e com o Mercado. Em 2024, o programa executou nove projetos no estado, promovendo ganhos em competitividade e sustentabilidade nos negócios, além de fortalecer o associativismo, um dos objetivos da Fiern.

Para a atual chamada, lançada em 2023 e com término previsto para dezembro de 2025, o Procompi prioriza temas voltados à transformação digital e à sustentabilidade, considerados essenciais para o futuro da indústria. “Estamos prontos para liderar esta transição, capacitando as MPEs para enfrentar os desafios da era digital e adotar práticas sustentáveis, mantendo a missão de fortalecer o setor industrial brasileiro”, conclui Santana.

Desde 2003, o Procompi atua no Rio Grande do Norte, participando de todas as edições do programa, realizado em parceria entre a CNI e o Sebrae. Até hoje, já alcançou 15 segmentos industriais no estado, impactando mais de 625 micro e pequenas empresas, com avanços em produtividade, competitividade e inovação.

Adesão

As empresas interessadas podem obter mais informações pelo e-mail [email protected], pelos telefones (84) 3204-6243 / 6256 ou acessando o link: https://forms.office.com/r/ztsyt1T87x.

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ECONOMIA

RN já soma mais de 57 mil declarações do Imposto de Renda 2025, aponta Receita Federal

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A Receita Federal divulgou, nesta sexta-feira (28), um novo balanço da entrega de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025. Segundo o órgão, o Rio Grande do Norte já soma 57.451 declarações enviadas até as 10h da manhã. Os dados integram o total da 4ª Região Fiscal, que abrange também os estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

Ao todo, a 4ª Região Fiscal recebeu 301.226 declarações desde o início do prazo, em 17 de março. Pernambuco lidera a lista, com 146.409 documentos enviados, seguido da Paraíba (54.137), Rio Grande do Norte (57.451) e Alagoas (43.229).

Em todo o Brasil, a Receita Federal já contabiliza 4.676.632 declarações entregues. A expectativa é que até o encerramento do prazo, no dia 30 de maio, sejam enviadas 46,2 milhões de declarações do ano-calendário 2024.

A Receita alerta os contribuintes para não deixarem para a última hora. A entrega da declaração fora do prazo implica multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a até 20% do imposto devido. Quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2024 está obrigado a declarar, entre outras situações específicas.

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ECONOMIA

Lula discute acordo sobre carne bovina, aviação e Brics no Vietnã

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Em viagem oficial ao Vietnã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta sexta-feira, 28, sobre a negociação para a venda de jatos da Embraer à estatal Vietnam Airlines e a abertura do mercado daquele país para a carne bovina brasileira. A declaração foi feita durante um encontro com o presidente do Vietnã, Luong Cuong, em Hanói, onde firmaram o Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica, que abrange o período de 2025 a 2030, com a finalidade de fortalecer o comércio bilateral entre os dois países.

Lula também convidou o Vietnã para participar da cúpula do Brics no Brasil, no final deste ano, e destacou a intenção de um acordo comercial do Mercosul com Hanói. “A abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira atrairá investimentos de frigoríficos do Brasil para fazer do Vietnã uma plataforma de exportação do Sudeste Asiático”, disse Lula, em declaração à imprensa. O presidente brasileiro citou ainda um acordo de cooperação em educação, ciência e tecnologia, destacando que em breve as universidades brasileiras e vietnamitas poderão promover o intercâmbio entre professores e estudantes.

Além do Plano de Ação, o encontro foi marcado pela assinatura de dois acordos e dois memorandos. Os acordos abordam o exercício de atividade remunerada por parte de dependentes de missões diplomáticas, repartições consulares e missões permanentes junto a Organismos Internacionais, além da troca e proteção mútua de informações classificadas. Brasil e Vietnã também assinaram Memorando de Entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e o Ministério da Indústria e Comércio do Vietnã para cooperação comercial e industrial, e ainda um memorando em torno de parcerias ligadas ao futebol.

Além da reunião com o presidente do país asiático, a agenda de Lula foi marcada por encontros com os líderes dos outros três pilares do sistema político vietnamita: o primeiro-ministro, Pham Minh Chính; o presidente da Assembleia Nacional, Tran Thanh Man; e o secretário-geral do Partido Comunista, Tô Lâm. Ao final, o presidente brasileiro participa da recepção oficial oferecida pelo presidente Luong Cuong.

Fonte: Estadão Conteúdo

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ECONOMIA

Dólar sobe para R$ 5,75 após imposição de tarifas de Trump

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Em meio aos reflexos da sobretaxação em 25% das importações de veículos pelo governo de Donald Trump, o dólar voltou a ficar acima de R$ 5,75, em um dia negativo para moedas latino-americanas. Na contramão das bolsas norte-americanas, a bolsa brasileira subiu pelo terceiro dia seguido e atingiu o maior nível desde outubro.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (27) vendido a R$ 5,752, com alta de R$ 0,019 (+0,34%). A cotação chegou a R$ 5,77 por volta das 10h20, operou próxima de R$ 5,73 na maior parte da tarde, mas acelerou perto do fim das negociações.

Mesmo com a alta dos últimos dois dias, a moeda norte-americana cai 2,77% em março. Em 2025, o recuo chega a 6,81%.

O mercado de ações teve um dia mais otimista. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 133.149 pontos, com alta de 0,47%. No maior nível desde 2 de outubro, o indicador foi puxado por ações de petroleiras, mineradoras e exportadoras de carne.

A bolsa brasileira foi na contramão do mercado de ações norte-americano. Após a imposição de tarifas de 25% sobre a importação de todos os veículos pelo governo Trump, as ações de montadoras de veículos caíram significativamente na bolsa de Nova York, empurrando para baixo as bolsas nos Estados Unidos.

A decisão de Trump impactou as moedas latino-americanas, que se desvalorizaram, na contramão das principais moedas do planeta. A expectativa de que a exportação de minério de ferro, aço e cobre, componentes usados nos veículos, caia influenciou as moedas de países exportadores de metais, como o Brasil.

No caso da bolsa de valores, fatores internos ajudaram a conter o pessimismo internacional. A divulgação de que a prévia da inflação oficial desacelerou em março beneficiou o mercado de ações brasileiro. Isso porque uma inflação abaixo do previsto pode fazer o Banco Central aumentar os juros menos que o esperado, estimulando o consumo.

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