Parque Tecnológico Metrópole Digital atingiu a marca de 2 mil empregos gerados diretamente pelas empresas que integram sua estrutura. O dado é relativo ao ano de 2021 e foi constatado a partir de um levantamento realizado por sua direção, que também verificou um faturamento anual de cerca de R$ 200 milhões.

O Parque Metrópole, criado há pouco mais de 4 anos, conta com 80 empresas de Tecnologia da Informação (TI) credenciadas e estabelecidas no entorno da UFRN. Atualmente, os parques tecnológicos no Brasil possuem, em média, 35 empresas associadas e apenas três deles têm mais de 100, segundo levantamento realizado Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) no ano passado.

 

Projetos

Se levadas em conta as vagas geradas a partir de projetos mantidos pelo Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), que administra o Parque Metrópole, o número de postos de trabalho é ainda maior, chegando a 2.300, de acordo com o diretor geral do IMD, professor José Ivonildo do Rêgo. A maioria dessas iniciativas diz respeito a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) ou da Residência em TI, que geram bolsas com valores competitivos para estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores convidados.

“Esse resultado é fruto de um grande esforço da UFRN para fomentar a cultura da inovação e do empreendedorismo em nosso estado e inseri-lo na chamada Economia do Conhecimento. É uma construção coletiva, que contou a participação de inúmeros parceiros, como é o caso do Sebrae, Prefeitura de Natal, MEC, MCTIC, Fiern e Governo do Estado, além do mandato do então parlamentar Rogério Marinho, que, junto à UFRN, idealizou e apoiou a criação do IMD”, afirma Ivonildo Rêgo.

O Metrópole Digital foi criado pelo atual ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), ainda quando este era deputado federal. Na época, o então parlamentar apresentou o projeto a UFRN e enviou de forma constante e em sequência diversas emendas que viabilizaram o início do projeto.

Marca

O diretor do Parque Metrópole, Rodrigo Romão, ressalta a rapidez com que tem se dado a evolução da entidade. “Imaginávamos que dois mil empregos fosse a realidade de quando estivéssemos com 100 empresas credenciadas ao Parque, mas veio antes. É um fato para se comemorar, pois conseguimos alcançar uma marca importante de maneira antecipada”, afirma ele.

Romão explica que, com os 2 mil empregos gerados, as empresas do Parque estão ofertando, em média, 25 vagas, apesar de também haver casos de empresas com mais de 100 empregos diretos.

No que diz respeito ao faturamento, Rodrigo Romão diz que os números “reforçam o quanto o setor de TI cresceu, e manteve esse patamar, durante a pandemia”. “Para o segmento, que basicamente se constitui de micro e pequenas empresas, é um resultado bastante significativo”, afirma. Ele também destaca que o ecossistema do Parque também conta com empresas de médio ou grande porte, com três delas tendo alcançado faturamento superior a R$ 10 milhões em 2021.