

ECONOMIA
Acordo Mercosul-UE pode ajudar PIB do Brasil a crescer mais, afirma Alckmin

O presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, vice-presidente Geraldo Alckmin, destacou nesta sexta-feira, 6, os impactos econômicos que serão gerados para o Brasil a partir do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia – que ainda depende da conclusão de uma série de etapas para entrar em vigor. Alckmin citou o potencial de o tratado ajudar a reduzir a inflação e aumentar o crescimento do PIB brasileiro.
Segundo o ministro, as negociações tiveram o apoio das associações representativas da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura (CNA).
“Pode ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem mais, a renda e o emprego crescer mais e derrubar a inflação. Então é uma agenda extremamente positiva, e depois de anos e anos de negociação, finalmente se celebra o anúncio deste acordo”, disse Alckmin a jornalistas.
Segundo estudo divulgado pelo governo, o acordo vai gerar para o Brasil um efeito positivo de 0,34% sobre o PIB (R$ 37 bilhões), com aumento de 0,76% nos investimentos (R$ 13,6 bilhões), uma redução de 0,56% no nível de preços ao consumidor e aumento de 0,42% nos salários reais. Os desvios porcentuais foram estimados para o ano de 2044, e os valores em reais consideram o ano base de 2023.
A referência a 2044 é feita porque, em modelos de equilíbrio geral, os impactos nas variáveis macroeconômicas são normalmente feitos para 20 anos, tempo suficiente para considerar que a economia estaria totalmente ajustada às novas circunstâncias, explicou uma fonte à reportagem.
Segundo Alckmin, estudos também mostraram que as exportações para a União Europeia poderão crescer na agricultura 6,7%, 14,8% nos serviços e 26,6% na indústria de transformação.
Estadão Conteúdo
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Saiba como planejar a compra de um imóvel de forma segura

Felipe Salustino
Repórter
Comprar um imóvel exige a adoção de uma série de medidas que envolvem desde o planejamento financeiro à avaliação de pontos como preços, condições de crédito e financiamento, além de variação de valores, dentre outros, até que seja efetivada a aquisição. Um ponto crucial, de acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do RN (Creci-RN), é procurar um profissional credenciado, mas outros fatores devem ser observados com atenção especial já na fase inicial, como localização, capacidades financeiras do comprador e a finalidade que se pretende dar ao imóvel.
Moisés Marinho, diretor-secretário do Creci-RN, afirma que o primeiro passo, após procurar um corretor habilitado, é fazer simulações para observar taxas de juros e compreender qual a melhor forma de financiamento. Ao escolher o imóvel, é importante identificar certidões e documentação para checar se há penhoras, hipotecas, dívidas trabalhistas ou se o empreendimento imobiliário está localizado em áreas de desapropriação. “O corretor fará todas as orientações em relação a esses pontos, além de esclarecer sobre preços e condições de venda antes de partir para a fase final, que é o contrato”, explica Marinho.
De maneira mais detalhada, esclarece o diretor-secretário do Creci, nas avaliações sobre localização devem ser levadas em conta questões como acesso a transporte público, além de serviços como farmácias e hospitais. Do mesmo modo, é importante ficar atento à infraestrutura do bairro e considerar pontos como a distância para o trabalho e escola dos filhos. Ricardo Abreu, da Imobiliária Abreu Imóveis, explica que outro aspecto a ser observado pelo cliente é uma análise das próprias condições financeiras. “Também é importante pensar qual será a finalidade do imóvel – se será para moradia ou para alguma fonte de renda, como aluguel”, ensina Abreu.
Além das condições financeiras, pesquisar sobre melhores taxas de juros e condições de acesso a crédito ajudam a planejar bem a compra. “Os corretores credenciados têm simuladores que permitem ver condições de juros de acordo com a renda dos consumidores para trazer bons resultados, com uma margem de 80% a 90% correspondente à realidade do cliente”, diz Marinho.
Ele pontua que empreendimentos de portes semelhantes podem sofrer variações de preços a depender de fatores específicos. “Apartamentos que ficam no primeiro e segundo andares, ainda que estejam localizados em um único bairro, são mais em conta. Um imóvel acabado, reformado ou com armário embutido costuma ter valores diferentes daqueles que não têm esses requisitos”, comenta.
Visitar o empreendimento é fundamental
Um aspecto fundamental, segundo Ricardo Abreu, é uma visita ao empreendimento para checar pontos como ventilação, questões estruturais (rachaduras, por exemplo) e outros. “Se for em condomínio, é preciso fazer uma análise de como é o acesso e de como é a estrutura dele”, descreve Abreu. Também é necessário colocar na ponta do lápis eventuais custos adicionais, como taxa de condomínio, se for o caso. “Fazer um bom levantamento é essencial para evitar surpresas depois”, ensina Moisés Marinho, do Creci-RN.
Conferir as regras de programas governamentais, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), pode facilitar a aquisição da casa própria, desde que o comprador esteja dentro do perfil contemplado. “O MCMV beneficia com subsídios e oferece descontos na escritura – neste último caso, apenas para a compra do primeiro imóvel”, diz Moisés Marinho. De acordo com ele, o corretor credenciado está apto a auxiliar todo o processo de aquisição, mas se o cliente achar necessário ou se houver questões muito específicas, pode consultar um advogado.
“Se tiver alguma peculiaridade, pode ser que haja a necessidade de um advogado redigir o contrato, mas, de modo geral, os agentes financeiros já trazem regras muito bem elaboradas”, explica o diretor-secretário do Creci. Para Ricardo Abreu, uma vez feito todo o planejamento, é hora de negociar. O educador físico Charlles Rodrigues, de 31 anos, passou por esse processo em dezembro de 2023. Um ano depois, ele se mudou para o próprio apartamento, depois de realizar uma reforma no imóvel, localizado em Nova Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.
“Foi uma sensação tremenda. Assim que me mudei, parei uns minutinhos dentro de casa e pensei: será que é real mesmo?”, conta ele, que até então morava de aluguel com a esposa e o filho. Rodrigues conta que o processo de aquisição foi tranquilo, graças ao auxílio de um corretor credenciado. “É muito importante ter esse profissional. E ele tem que ser ser uma pessoa de confiança”, afirma. Antes de finalmente conseguir comprar o apartamento, o educador físico tentou, por quatro anos, negociar uma aquisição diretamente com o banco, mas as tentativas foram frustradas.
“Primeiro, as negociações não davam certo pelo fato de eu ser autônomo. Depois, ainda trabalhando como autônomo, consegui uma aprovação. O correspondente bancário me indicou um corretor, mas esse profissional não correspondeu as expectativas de encontrar o imóvel que se encaixasse com o que eu e minha esposa estávamos procurando”, conta.
Foi aí que ele decidiu procurar um novo corretor e o processo, finalmente, começou a andar. “Fizemos todos os trâmites, providenciamos a documentação e tudo deu certo. Conseguimos uma entrada mínima. Antes, em uma pesquisa, descobrimos que no bairro onde gostaríamos de adquirir o imóvel não havia casas com valores que garantissem aprovação para nossa faixa de renda.
É preciso observar a valorização do entorno
Sérgio Azevedo, presidente do Sindicato da Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), explica que a pesquisa é a melhor forma de dar o primeiro passo rumo à aquisição da casa própria de forma segura. Além de citar aspectos como os já mencionados por outras fontes desta reportagem, Azevedo sublinha que é preciso observar a valorização das áreas no entorno dos imóveis. Em Natal, ele ressalta a região de Ponta Negra, por conta da obra de engorda executada na praia, além de regiões do litoral Sul, como Pipa.
“Outro ponto de destaque é a expansão urbana e o crescimento de empreendimentos sustentáveis, que priorizam soluções como eficiência energética, reúso de água e certificações ambientais. Esse fator reflete o aumento do interesse dos compradores por imóveis que agreguem sustentabilidade e qualidade de vida”, afirma. Para Azevedo, a demanda por imóveis também tem sido impactada pelo aumento do trabalho remoto, gerando maior procura por unidades menores e funcionais.
“Ao mesmo tempo, bairros bem estruturados da zona Sul de Natal e as zonas litorâneas têm atraído um número crescente de interessados, tanto para moradia quanto para investimento. Isso se deve à excelente infraestrutura e ao potencial de valorização, especialmente em áreas com forte apelo turístico, onde a rentabilidade com aluguel tem sido um fator decisivo para investidores”, avalia o presidente do Sinduscon.
A diversificação pela qual vem passando o mercado imobiliário da capital representa um bom momento para os consumidores. Sérgio Azevedo observa que tem havido lançamentos que vão desde imóveis populares voltados para famílias de baixa renda, como os incluídos no programa Minha Casa, Minha Vida, até empreendimentos de alto padrão destinados às classes A e B. “Além disso, há uma forte tendência de oferta de diferentes tipologias, contemplando imóveis compactos para solteiros, unidades adaptadas para casais jovens e espaços familiares que incluem home office, uma característica cada vez mais valorizada”, analisa.
Ricardo Abreu, da Abreu Imóveis, observa que o momento atual tem sido favorável para adquirir um imóvel na capital potiguar em razão de um fator que costuma constar para o consumidor na hora da compra: o preço. “Natal ainda tem preços muito defasados quando comparado a outras cidades do Nordeste. Então, estamos diante de uma boa oportunidade para comprar, com boas opções para todos os perfis”, frisa.
Dicas para aquisição
Corretor credenciado pelo Creci
Procure um profissional para auxiliar no processo de aquisição
Legalização do Imóvel
Verifique se o empreendimento possui alvará de construção e habite-se, emitidos pelos órgãos competentes
Regularização Cartorial
Certifique-se de que o imóvel possui escritura pública e matrícula atualizada no cartório de registro de imóveis. Em caso de imóveis em construção, consulte se a incorporadora tem registro da incorporação imobiliária
Confiabilidade da Construtora
Pesquise sobre a reputação da empresa responsável pelo empreendimento, verificando seu histórico e credibilidade no mercado
Engorda de Ponta Negra e Valorização de Áreas Litorâneas
A recente engorda da Praia de Ponta Negra deverá impulsionar ainda mais o investimento imobiliário na região, tornando-a um ponto estratégico para locação e valorização. O mesmo já ocorre em Pipa, onde os imóveis destinados a aluguel por temporada se tornaram ativos de grande retorno financeiro.
Localização Estratégica
Independentemente do perfil do imóvel, a localização sempre será um fator determinante para a valorização. Imóveis próximos a escolas, centros comerciais, serviços essenciais e vias de acesso tendem a oferecer maior qualidade de vida e retorno financeiro
Fontes: Creci-RN e Sinduscon-RN
Tribuna do Norte
ECONOMIA
RN e Espanha estreitam relações comerciais e projetam negócios

Bruno Vital
Repórter
O Brasil e a Espanha consolidam uma relação comercial cada vez mais forte, impulsionada pelo interesse mútuo em investimentos estratégicos e pelo crescimento das trocas bilaterais. O Rio Grande do Norte tem se destacado nesse cenário, especialmente em setores como energia, infraestrutura, telecomunicações e agronegócio, atraindo grandes empresas espanholas e abrindo novas frentes para parcerias econômicas. Lideranças dos dois países estiveram reunidas em um evento da Câmara Espanhola de Comércio no Brasil, na sexta-feira (7).
Em 2024, o comércio entre Brasil e Espanha registrou movimentação significativa. As importações brasileiras de produtos espanhóis somaram US$ 1,23 bilhão, com destaque para máquinas, equipamentos, automóveis, produtos químicos, medicamentos e aeronaves. Já as exportações do Brasil para a Espanha alcançaram US$ 1,43 bilhão, lideradas por produtos como soja, café, açúcar, carne bovina e frutas. O saldo comercial foi positivo para o Brasil, com superavit de US$ 200 milhões, conforme dados da Câmara.
O vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Espanha, Cássio Romano, ressalta que os dois países vivem um momento de grande integração econômica. “O Brasil e a Espanha estão em ‘lua de mel’. São dois países que se complementam, e hoje você pode ver na prática todas as empresas que estão aqui. O Santander, por exemplo, que é de origem espanhola, hoje tem mais negócios no Brasil do que na própria Espanha. A Vivo, que é do grupo Telefónica, e a Prosegur, com mais de 40 mil empregados no Brasil, são exemplos desse protagonismo”, afirma.
A Espanha é atualmente o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos, e supera países como a China em volume de aportes financeiros. Entre as empresas espanholas atuantes no Brasil estão gigantes do setor de energia, como Iberdrola, Naturgy, Repsol e Acciona, além de companhias de infraestrutura, segurança, turismo, telecomunicações e alimentação.
Segundo Romano, os investimentos espanhóis no Brasil são caracterizados pelo foco em longo prazo. “Geralmente, os investimentos espanhóis e europeus de forma geral são de longo prazo. Quem investe em energia, por exemplo, não faz um investimento para sair no dia seguinte. São empresas que chegam para se consolidar, trazendo recursos, patrocinando e expandindo suas operações ao longo do tempo”, explica.
No Rio Grande do Norte, o setor agropecuário tem se beneficiado da relação comercial com a Espanha, especialmente na produção de frutas para exportação. O secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha, destaca que o mercado europeu é o principal destino das exportações potiguares e que há um grande potencial para ampliar essa participação.
“O Rio Grande do Norte está muito bem inserido nesse contexto da produção de frutas para o mercado europeu, com 90% das nossas exportações voltadas para esse destino. A Espanha já é um grande investidor no Estado, não apenas em energia e telecomunicações, mas também na produção e exportação de frutas”, afirma Saldanha.
O secretário aponta ainda que mudanças climáticas na Europa têm impactado a produção agrícola local, o que abre espaço para que o RN amplie sua presença. “A UE tem enfrentado dificuldades na produção de frutas devido às altas temperaturas no verão. Esse cenário reforça a necessidade de ampliarmos nossas exportações, além de buscarmos investimentos para setores como a produção de camarão e atum, que ainda enfrentam algumas barreiras comerciais, mas que têm um enorme potencial”, pontua.
A Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) também enxerga a aproximação com a Espanha como um fator essencial para o crescimento do setor agropecuário potiguar. O presidente da entidade, José Vieira, destaca que a presença de empresários espanhóis no Estado fortalece a troca de experiências e a expansão do comércio bilateral.
“É dessa forma que se fazem negócios, reunindo empresários e fortalecendo as relações comerciais. O Rio Grande do Norte tem uma característica importante para a Espanha: nossas frutas são de excelente qualidade e vão para a Europa, que é um dos principais mercados consumidores”, afirma Vieira.
Natal quer investidores internacionais
A gestão municipal de Natal também tem trabalhado para atrair investidores estrangeiros, incluindo os grupos espanhóis que já atuam no Brasil. O secretário de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovações de Natal, Arthur Dutra, explica que a criação da secretaria teve como objetivo fomentar esse tipo de parceria.
“A gestão Paulinho Freire, ao criar a Secretaria de Parcerias e Concessões, teve em vista a atração de investimentos e parceiros internacionais, como os grupos espanhóis que estão representados na Câmara de Comércio. A Espanha está disponível para estreitar esses laços, estabelecer relações comerciais e conhecer as oportunidades de negócios”, destaca Dutra.
Ele reforça que o setor de turismo é um dos mais promissores para captação de investimentos espanhóis. “Falando em turismo e Natal, nem preciso dizer muito. Temos imensas possibilidades de investimento, mas também um ecossistema de empreendedorismo e inovação que pode atrair ainda mais investidores espanhóis. A gente tem um excelente ecossistema que vai dar grandes oportunidades de investimento também na parte de infraestrutura, até de alguns serviços públicos.”, acrescenta.
Bate papo Alejandro Goméz, diretor executivo da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil
É possível que um potiguar consuma algum produto ou serviço espanhol e nem saiba. Quão forte é a relação comercial do RN e do Brasil com a Espanha?
As empresas espanholas no Brasil e aqui na região Nordeste já estão adaptadas ao Brasil. Então, para elas, a filial brasileira é uma empresa brasileira com capital espanhol, mas eles querem ser brasileiros, tocados por brasileiros, com funcionários brasileiros. Então, o investimento é espanhol, mas eles gostam dessa cultura, sobre a cultura de onde eles estão. A gente tem o caso da Neoenergia. A Neoenergia tem uma presença forte aqui no Brasil, no Rio Grande do Norte, e é importante eles se sentirem brasileiros. A presidente é uma brasileira, da empresa de concessão de eletricidade aqui no Nordeste, e é feita por brasileiros. Então, é importante a gente fazer essa consideração. Tem empresas espanholas que querem vir para o Brasil? Sim. É importante a gente mostrar para eles o que o Rio Grande do Norte tem de bom, de oportunidades. E é isso que a gente quer fomentar, com o governo e com as entidades de classe que estiveram presentes hoje aqui.
Quais são os principais desafios para atração de novos investimentos europeus para cá?
A segurança jurídica. A previsibilidade é fundamental. Uma empresa que quer investir 30 anos, porque vai pegar uma concessão de uma estrada, de uma rodovia, ou de uma rede de ferrovia, ou de um porto, ela vai construir esse empreendimento, mas espera que, em 30 anos, receba o retorno desse investimento. Se durante esse tempo houver alguma mudança nas regras que eles se comprometeram no começo, isso espanta, afugenta esses investimentos. Então, a primeira coisa é previsibilidade e segurança jurídica. A gente espera – a gente viu um avanço no Brasil, em algumas regiões mais que outras – que isso aconteça aqui, para que o Estado possa trazer mais investidores.
De que forma esse encontro pode contribuir para o intercâmbio de investimentos entre os dois países?
O mais importante no mundo é a informação. A informação precisa andar, precisa correr, precisa ser divulgada. A Câmara é um veículo de informação importante para chegar essa informação nas empresas. Então, a primeira coisa é a gente se informar. Eu desconhecia muita coisa que eu vi hoje aqui, que eu vou preparar um informe para informar nossas empresas. Isso é importante, porque vocês concorrem, o Rio Grande do Norte concorre com outros estados e as empresas conhecem mais talvez um estado X, que seja mais presente, que faça uma política de informação muito mais presente. O estado do Rio Grande do Norte precisa fazer essa política, precisa fazer essa interlocução com as Câmaras, com as entidades internacionais, para mostrar que tem muita coisa bacana aqui, muitas oportunidades importantes e fortalecer, focar nos setores de atuação. Não adianta vocês pensarem um setor que não tem muita presença e tentar forçar esse setor; reforcem aqueles que são mais importantes. Foi falado hoje aqui em agricultura, questão do camarão, peixe, foi comentado hoje o projeto de hidrogênio verde, eólica, solar; vocês são líderes, tem um potencial enorme, foquem nessa área, porque é a área que vai tracionar mais a economia no estado.
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Fala de Wellington Dias sobre o Bolsa Família gera nova crise no governo

Uma declaração do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, sobre o governo avaliar um aumento no valor do Bolsa Família em razão da alta de preço dos alimentos, gerou uma nova crise no governo, que tem acumulado desencontros frequentes quando se trata da inflação da comida. A fala também provocou reação do mercado, com alta do dólar e queda na Bolsa.
Em entrevista ao portal Deutsche Welle, o ministro afirmou que tomaria “uma decisão dialogando com o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva)”. “Será um ajuste? Será um complemento na alimentação?”, questionou ele, para, a seguir, dizer que mexer no valor do repasse “está na mesa”. Dias afirmou que preparava um relatório para apresentar a Lula até março.
À tarde, a Casa Civil divulgou nota desautorizando Dias, ao negar que exista estudo no governo sobre o tema. De acordo com a pasta, o assunto não está na pauta do governo e não será discutido. “A Casa Civil da Presidência da República informa que não existe estudo no governo sobre aumento do valor do benefício do Bolsa Família.”
O desmentido, porém, não acalmou o mercado. A fala de Dias e as informações sobre a possibilidade de o presidente dos EUA, Donald Trump, impor novo tarifaço aos países parceiros, sem especificar quais, fizeram o dólar fechar em alta de 0,52%, a R$ 5,79. Também impactado pelas notícias domésticas e do exterior, o índice Ibovespa, o principal da Bolsa brasileira, fechou em baixa, de 1,25%, aos 124.619,40 pontos.
‘Ruído’
Ainda durante a tarde, integrantes da equipe econômica afirmaram ao Estadão/Broadcast que a declaração de Dias se tratava de “ruído”.
Segundo os técnicos do ministério, além de não haver espaço orçamentário a medida poderia piorar o cenário inflacionário. No Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) deste ano, ainda pendente de votação pelo Congresso, o governo reservou R$ 167,2 bilhões para o Bolsa Família.
O valor atual do Bolsa Família é de R$ 600, com a possibilidade de adicionais de R$ 150 por criança de até 6 anos, além de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos.
Importações
No fim do mês passado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo avaliaria a redução de tarifas de importação de alguns alimentos para tentar frear as remarcações de preços no País – proposta recebida com críticas do setor do agronegócio e ceticismo de especialistas.
A alta de preço dos alimentos já pesa na popularidade de Lula, segundo pesquisa divulgada pela Genial/Quaest na semana passada. Oito em cada dez entrevistados disseram ter percebido o aumento nos preços da alimentação no último mês.
Na quinta-feira, 6, Lula falou em “processo educacional” para que os consumidores boicotassem os produtos caros.
Estadão Conteudo
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Dólar encosta em R$ 5,80 após novas ameaças de Trump

As ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, de novas elevações de tarifas comerciais fez o mercado financeiro passar da calmaria à turbulência. O dólar, que vinha caindo, voltou a subir e encostou em R$ 5,80. A bolsa de valores, que vinha em baixa, ampliou a queda e registrou o primeiro recuo semanal em 2025.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (7) vendido a R$ 5,793, com alta de R$ 0,029 (+0,51%). A cotação caiu na maior parte do dia, chegando a R$ 5,74 por volta das 12h50, mas subiu após a divulgação de uma matéria da Reuters que citava que Trump pretendia anunciar tarifas comerciais recíprocas. Apesar da alta desta sexta, a divisa caiu 0,73% na semana.
Perto do fim da tarde, a cotação teve um novo impulso quando Trump anunciou a intenção de impor tarifas recíprocas ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, em evento na Casa Branca. Por meio desse mecanismo, os Estados Unidos cobrarão o mesmo Imposto de Importação que os parceiros comerciais cobram sobre as mercadorias norte-americanas.
O mercado de ações também teve um dia tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.619 pontos, com queda de 1,24%. O indicador operou estável no início da sessão, mas começou a cair ainda no fim da manhã, amplificando o recuo durante a tarde. Na semana, a bolsa brasileira caiu 1,2%.
Uma eventual tarifa recíproca aumenta as expectativas de inflação nos Estados Unidos, o que interfere na cotação do dólar em todo o planeta por causa da possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros da maior economia do planeta. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
*Com informações da Reuters
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Cesta básica sobe nas capitais e custa ao menos 40% do salário mínimo

Levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento no custo da cesta básica em janeiro deste ano em 13 das 17 cidades pesquisadas. A maior alta foi em Salvador (6,22%), seguida por Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). As quatro cidades onde houve redução no valor global dos itens foram Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%). O levantamento – realizado desde 2005 – é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo, onde os alimentos que a compõem custam R$ 851,82, 60% do salário mínimo oficial (R$ 1.518). Em janeiro, segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15.
Estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, dado mais atual disponível.
Valores
A comparação, segundo o Dieese, é possível “com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.
Em janeiro de 2024, deveria ter ficado em R$ 6.723,41 ou 4,76 vezes o valor vigente. A inflação dos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento indicado.
As cidades do sul e sudeste estão entre as mais caras cotadas. Em Florianópolis, o valor médio da cesta básica foi de R$ 808,75, no Rio de Janeiro R$ 802,88, e, em Porto Alegre, R$ 770,63.
Custo
Curitiba, com R$ 743,69, Vitória com 735,31 e Belo Horizonte com R$ 717,51 completam o setor, mas foram superadas por Campo Grande (R$ 764,24), Goiânia (R$ 756,92) e Brasília (R$ 756,03). As capitais do Norte e Nordeste pesquisadas têm custos abaixo da metade do valor do salário mínimo. Em Fortaleza a cesta básica custou em média R$ 700,44, em Belém R$ 697,81, em Natal R$ 634,11, em Salvador R$ 620,23, em João Pessoa R$ 618,64, no Recife R$ 598,72 e em Aracaju R$ 571,43.
A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó, que subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, o que se atribui a uma “menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado”.
O reajuste poderia ter sido maior, porém, foi contido por itens como a batata, que diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, e o arroz agulhinha e o feijão preto, que têm caído de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Em um ano, tarifa social alcança R$ 6,4 bilhões em descontos na conta de luz

O programa Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), que dá descontos na conta de luz, movimentou R$ 6,4 bilhões em abatimentos nas faturas de consumidores de baixa renda em 2024. O benefício alcançou 17,4 milhões de famílias em todo o Brasil. Em dezembro, o desconto médio concedido por família foi de R$ 32,25.
A Tarifa Social é um desconto que pode chegar a até 65% para a maioria das famílias e até 100% para famílias indígenas ou quilombolas. O benefício é destinado a quem possui um consumo mensal de até 220 kilowatts/hora (kWh). No caso de famílias indígenas ou quilombolas, o desconto de 100% é aplicado para um consumo de até 50 kilowatts/hora (kWh).
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com as distribuidoras de energia elétrica e o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), é a responsável por ampliar o acesso ao benefício. Ao longo do ano de 2024, houve um acréscimo de 2% no número de famílias beneficiadas. Isso significa que mais 342 mil famílias de baixa renda passaram a usufruir do benefício da Tarifa Social, garantindo assim desconto em sua fatura de energia elétrica.
O desconto automático está previsto por lei e é realizado pelo número de CPF, entretanto, existem famílias que acabam não sendo identificadas para receber o benefício por apresentarem uma ou mais das seguintes características:
Requisitos para receber a Tarifa Social
Para ter direito ao benefício da Tarifa Social, é preciso atender a um dos seguintes requisitos:
Para mais informações sobre a Tarifa Social de Energia Elétrica, acesse esta página.
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Vendas de veículos sobem 6% no país, mas sofrem retração no RN

Cláudio Oliveira
Repórter
O mercado automotivo brasileiro começou 2025 com desempenho positivo. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram comercializadas em janeiro 171,2 mil unidades, na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, o que representa um crescimento de 6% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto o mercado potiguar apresentou estabilidade com leve retração de 3%. Em Natal, a queda foi maior e chegou aos 16%.
O presidente regional da Fenabrave no estado, Arnon César Ramos, afirma que a queda não é considerada alarmante. “Foram 1.755 carros em janeiro de 2024 e 1.703 em janeiro de 2025. Então fica em 3%. Agora, tivemos uma queda um pouco maior, de 16% na praça de Natal”, explica.
Na capital, foram vendidas 770 unidades no mês passado, contra 916 no mesmo período de 2024 (-16,9%). Em relação a dezembro, quando as vendas chegaram a 920 veículos, a retração foi de 16,3%. Ramos pontua que os dados podem ser um alerta para o setor no mercado local. “Eu não diria preocupante mas é um alerta que diz assim: o Brasil está tendo uma situação e caso isso se repita por meses, a gente pode dizer: opa, temos um problema”, explica.
Por outro lado, a economia do estado tem características distintas, com menor participação da indústria e maior dependência do turismo e da fruticultura. “Diferentemente de outros estados, onde o agronegócio tem papel central, nossa economia depende muito do turismo, que não impacta o mercado automotivo de maneira tão direta e imediata. Pode ser que a circulação de dinheiro gerado na alta temporada só reflita no setor nos próximos meses”, analisa.
Neste contexto, as concessionárias buscam investir na oferta para atrair os clientes. O gerente da concessionária Nacional Veículos, em Natal, Erick Guilherme, também avalia que o cenário se manteve estável. Segundo ele, além da oferta de veículos, um dos fatores que influenciam as vendas é o aumento de condições mais favoráveis para o consumidor. “As montadoras disponibilizaram mais unidades no mercado e trouxeram condições mais atrativas, como descontos para compras à vista e financiamentos com taxas reduzidas”, explica.
Outro fator destacado por Guilherme é a busca dos consumidores por benefícios adicionais, como garantias estendidas e revisões inclusas. “Hoje, as pessoas querem mais segurança na compra. Algumas montadoras, como a Volkswagen, oferecem até cinco anos de garantia e pacotes de manutenção gratuitos, o que se torna um diferencial importante na decisão de compra”, ressalta.
O gerente também menciona a importância da previsibilidade financeira para os consumidores potiguares que têm um perfil já conhecido. “Aqui temos muitos funcionários públicos, e o atraso no pagamento do décimo terceiro, por exemplo, pode ter influenciado as decisões de compra. Muita gente esperou receber para quitar dívidas antes de pensar em trocar de carro”, analisa.
Expectativas
Para os executivos do setor automotivo, os números de janeiro não representam, necessariamente, uma tendência para o ano todo. Arnon César, que também dirige o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Norte (Sincodiv/RN), reforça que a queda nas vendas em Natal pode estar relacionada a fatores sazonais, como o período de veraneio. “Janeiro sempre é um mês atípico aqui. Muitas pessoas priorizam gastos com lazer e só depois consideram adquirir um veículo novo. O setor precisa observar os próximos meses para entender se essa retração será pontual ou se pode indicar uma desaceleração mais duradoura”, conclui.
Já Erick Guilherme se mostra otimista e acredita numa melhora do cenário econômico local que impulsione as vendas ao longo do ano. “Temos que observar a movimentação do mercado, mas acreditamos que a estabilidade e os benefícios ofertados ao consumidor podem trazer bons resultados para 2025”, finaliza.
Vendas de ônibus e caminhões subiram no País
Entre os segmentos que impulsionaram o crescimento da venda de veículos nacionalmente, os ônibus se destacam, influenciados pelo Programa Caminho da Escola e pelo fortalecimento do transporte urbano e do turismo. “As empresas de transporte de passageiros têm demonstrado recuperação, e o programa governamental segue impactando positivamente as vendas”, explica o presidente nacional da Fenabrave, Arcelio Junior.
Os caminhões também apresentaram bom desempenho, impulsionados pelos pedidos realizados após a FENATRAN, feira do setor ocorrida em novembro de 2024. O agronegócio, um dos motores da economia brasileira, segue fortalecendo a demanda por veículos de carga. “Esse segmento depende de fatores macroeconômicos e do desempenho da indústria e do agro. Vamos acompanhar os próximos meses para entender melhor a tendência”, pontua o presidente da Fenabrave.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves tiveram evolução positiva sobre o mesmo período de 2024, mas no setor de veículos eletrificados, os números foram divergentes. Os automóveis e comerciais leves 100% elétricos registraram 3.700 unidades emplacadas, uma queda superior a 15% na comparação com janeiro de 2024. Por outro lado, os híbridos e híbridos plug-in cresceram 67%, com 12.802 unidades licenciadas no mês. “Os híbridos têm se consolidado como uma alternativa viável para consumidores que buscam eficiência energética sem depender exclusivamente da infraestrutura de recarga elétrica”, observa Arcelio Junior.
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Ocupação hoteleira deve atingir 85% no Carnaval

Faltando menos de trinta dias para o Carnaval 2025, o setor turístico do Rio Grande do Norte já cria expectativas com a chegada do período de folia no Estado. Segundo previsões da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RN), a projeção de ocupação para o período é de 85%. Além desse número, uma pesquisa do ranking Decolar inseriu Natal entre as 10 cidades mais buscadas para o Carnaval neste ano.
“Trabalhamos com a projeção de 85% de ocupação para o período, que evidencia o potencial turístico do nosso Estado e o fortalecimento de nossas estratégias de divulgação e a qualidade dos serviços oferecidos pelas redes de hospedagem. O Carnaval é uma das épocas mais aguardadas do ano, e acreditamos nos atrativos do nosso destino, com a combinação de belezas naturais, cultura vibrante e hospitalidade potiguar, grandes diferenciais que fazem do RN um destino tão desejado. Reforçamos que o setor hoteleiro está preparado para atender a todos os visitantes com a excelência e o acolhimento que já se tornaram nossa marca registrada”, explica Edmar Gadelha, presidente da ABIH-RN.
Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-RN), Luís Leite, as expectativas para o Carnaval deste ano em Natal são positivas. “Temos uma boa expectativa em relação ao Carnaval, porque Natal é uma cidade muito boa para quem quer um pouco mais de tranquilidade. Temos nossos pontos festivos de Carnaval, que são isolados, e em algumas cidades do interior e do litoral”, comenta, explicando ainda que a expectativa de crescimento pode chegar a 20% em relação ao ano passado.
Mesmo pensamento tem o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paolo Passariello. “As expectativas sempre são boas em período de alta estação. Achamos que teremos uma boa repercussão de público na cidade e no Estado”, apontou.
Sobre a pesquisa colocar Natal entre as 10 cidades mais pesquisadas para o Carnaval, Edmar Gadelha aponta que o ranking se baseia na busca espontânea, levando em conta a procura orgânica nas redes sociais e em sites de viagens.
“A ABIH-RN recebe com grande entusiasmo a notícia de que Natal está entre as cidades mais buscadas para o Carnaval 2025, segundo o ranking da Decolar. A cidade se destaca não apenas pelo Carnaval tradicional, mas também pelo turismo de descanso e lazer, que atrai famílias e visitantes que buscam uma alternativa ao agito dos grandes polos carnavalescos”, explica Gadelha.
Pesquisa
Natal está entre os 10 destinos mais buscados para o Carnaval 2025, de acordo com um levantamento da Decolar, empresa referência em tecnologia de viagens na América Latina. A capital potiguar aparece na 9ª posição entre os locais preferidos pelos turistas brasileiros para o período festivo.
O estudo, baseado em buscas por hospedagem no site e aplicativo da Decolar, analisou dados referentes ao período de 1º a 5 de março de 2025. Os resultados apontam para um aumento de 40% na procura por acomodações em comparação ao ano anterior, refletindo tanto o interesse pelas celebrações carnavalescas quanto a busca por destinos que combinam beleza natural e cultura.
Além de Natal, destinos como Rio de Janeiro, Salvador e Maceió também figuram entre os mais buscados. Já no cenário internacional, Buenos Aires e Santiago lideram a lista, demonstrando que o interesse dos brasileiros pelo Carnaval ultrapassa as fronteiras do país.
Decolar irá divulgar Natal no Brasil e na Argentina
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Norte fechou uma parceria com a Decolar, uma das maiores agências de viagens da América Latina. A informação é do presidente da entidade, Edmar Gadelha.
“Durante dois meses, a campanha será apresentada nas lojas da Decolar no Brasil e na Argentina, ampliando a visibilidade do Estado e impulsionando o turismo na região”, comenta.
O presidente cita que o intuito é manter uma boa performance no turismo potiguar em relação aos meses subsequentes ao carnaval, especialmente em relação à baixa temporada. “Um reflexo disso é o cenário do segundo trimestre deste ano, período em que a demanda não se manteve de forma expressiva, evidenciando a necessidade de estratégias mais eficazes para garantir mais a atratividade do destino”, apontou.
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Fazenda notifica Bodó por credenciamento de bets

O Ministério da Fazenda notificou o município de Bodó, no Seridó potiguar, para suspender um edital de licitação para credenciamento de empresas para exploração de loterias passivas e de prognósticos, as populares “bets”. Feito entre outubro e dezembro de 2024, o município chegou a registrar 38 empresas interessadas em operar apostas na cidade. A notificação da União se dá pelo fato de que a atividade de apostas e prêmios no Brasil só pode ser feita por União, Estados e Distrito Federal. Segundo o IBGE, Bodó tem 2.363 habitantes.
“A Lei 13.756, no seu Capítulo V-A, estabelece que apenas a União, os Estados e o Distrito Federal podem oferecer apostas de quota fixa. À medida que toma ciência de algum município oferecendo apostas, o Ministério da Fazenda envia notificação para a interrupção da oferta desse tipo de serviço. As regras para se obter autorização estão descritas em uma série de normativos publicados na Lei 14.790/2023 e nas Portarias da Secretaria de Prêmios e Apostas do MF, em especial a Portaria SPA/MF nº 827/24”, disse o Ministério da Fazenda em nota enviada à TN, acrescentando também que o município já foi notificado acerca da oferta do serviço na cidade.
Segundo a advogada e especialista em Direito Digital, Beatriz Torquato, a legislação oferecida pela Prefeitura de Bodó é ilegal. “Quando extrapola-se o limite do município, isso vira um problema, porque provavelmente essas bets encontraram em Bodó uma espécie de paraíso regulatório, uma vez que eles encontraram a oportunidade de atuar pagando apenas R$ 5 mil, enquanto que a nível federal cobra-se R$ 30 milhões. Nisso, a intenção deles não é atuar apenas no território, e quando passa-se dele é que tem esse problema da ilegalidade, que é quando entra o âmbito virtual que provavelmente outras pessoas, não só de Bodó, teriam acesso”, explica.
O edital foi publicado no Diário Oficial da Femurn em outubro do ano passado e tinha como objetivo o “Credenciamento para Contratação de Pessoas Jurídicas Qualificadas para Exploração das Modalidades Lotéricas Passiva e de Prognósticos, em Meio Virtual”, com prazo de vigência de cinco anos (prorrogável por até mais 10 anos) e uma outorga de R$ 5 mil.
“A exploração de serviços lotéricos virtuais no município de Bodó/RN visa promover o desenvolvimento econômico local, a partir da geração de novas fontes de receita e do aprimoramento da gestão pública. O credenciamento de empresas para a exploração de loterias oferece ao município a oportunidade de aumentar suas receitas sem depender de novos impostos ou investimentos diretos do erário público, atendendo diretamente ao interesse público. Além disso, o modelo de concessão permite o aproveitamento de tecnologias avançadas para atender à crescente demanda por serviços de apostas online, em conformidade com a legislação vigente”, dizia a justificativa do edital publicado pela Prefeitura de Bodó.
Até o fechamento da edição, a prefeitura não respondeu os questionamentos da reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Em nota enviada ao portal G1, o município disse que o credenciamento é legal. “A legislação vigente não exige outorga federal para as empresas atuarem dentro dos limites do município de Bodó, uma vez que sua operação se restringe ao território municipal”, informou em nota.
Tribuna do Norte
ECONOMIA
Dólar cai para R$ 5,76 e fecha no menor nível desde novembro

Em mais um dia de alívio para países emergentes, o dólar voltou a cair e atingiu o menor valor desde novembro. A bolsa de valores subiu, impulsionada por mineradoras, e voltou a superar os 126 mil pontos.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (6) vendido a R$ 5,764, com queda de R$ 0,03 (-0,52%). Assim como na maior parte dos últimos dias, a cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 5,83 por volta das 9h15, mas desacelerou após a abertura dos mercados norte-americanos e passou a cair pouco antes das 11h. Na mínima do dia, por volta das 15h45, chegou a R$ 5,74.
A moeda norte-americana está na menor cotação desde 18 de novembro. Em 2025, a divisa cai 6,7% ao ano. A cotação caiu por 12 sessões consecutivas, de 17 de janeiro até esta terça-feira (4), e teve uma pequena alta na quarta-feira (5).
O mercado de ações teve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 126.225 pontos, com alta de 0,55%. Em alta pelo segundo dia seguido, o indicador foi impulsionado por ações de mineradoras e de empresas ligadas ao consumo, como companhias aéreas e varejistas.
Em meio à expectativa em torno da divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano nesta sexta (7), o dólar caiu perante quase todas as principais moedas. Mais uma vez, os países emergentes foram favorecidos após a decisão do governo de Donald Trump de suspender a sobretaxação de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses e negociar os aumentos com os dois países.
No Brasil, a divulgação de dados que mostram a desaceleração da indústria e dos serviços favoreceu a bolsa de valores. Isso porque um eventual desaquecimento da economia reduziria a necessidade de o Banco Central (BC) elevar a Taxa Selic em maio. Para a reunião de março, o BC anunciou que fará uma nova subida de 1 ponto percentual nos juros básicos da economia para 14,25% ao ano.
Com informações da Reuters
Tribuna do Norte
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