Vereadores de Parnamirim denunciaram o colapso da saúde pública no município e afirmaram que a situação afeta diretamente a qualidade de vida da população e coloca em risco a integridade dos profissionais da área. Segundo as denúncias, feitas nesta quarta-feira 4, há falta de reagentes para hemogramas, aparelhos de Raios-X sem funcionar por falta de dosímetros, médicos com salários atrasados desde julho, ambulâncias inoperantes, unidades básicas de saúde e a única UPA da cidade com sérias deficiências estruturais.
Eles relataram que, diante disso, pacientes de Parnamirim estão sendo encaminhados para outros municípios ou serviços sobrecarregados, como o hospital Walfredo Gurgel em Natal. Além disso, os vereadores afirmaram que o Hospital Márcio Marinho está com as cirurgias eletivas paralisadas desde março e que a gestão do prefeito Rosano Taveira (Republicanos) tem se mostrado “negligente” com a saúde pública.
O vereador Gabriel César (PL) destacou a gravidade da situação. “Não tem reagentes na UPA de Nova Esperança, os pacientes não conseguem fazer o exame de sangue, ou precisam ser encaminhados para outros hospitais”, afirmou. Ele criticou a falta de estrutura nas unidades de saúde. “O aparelho de raio-X está lá, mas não funciona porque falta o dosímetro, e a situação da infraestrutura é desesperadora”.
Gabriel afirmou que os médicos terceirizados estão com os salários atrasados. “Os médicos estão até se reunindo para tentar consertar as ambulâncias, que estão sem manutenção básica, como a troca de óleo e peças essenciais. O atendimento está sendo prejudicado, especialmente no litoral, onde as ambulâncias não funcionam e os pacientes acabam sendo encaminhados para outros municípios ou para serviços sobrecarregados, como o Walfredo Gurgel”.
Segundo o vereador Dr. César Maia (MDB), os profissionais do programa Mais Médicos não recebem pagamentos há meses, o que afeta a continuidade do serviço. “São 29 médicos que não receberam a contrapartida municipal, que é um valor simbólico, mas essencial para que eles possam continuar trabalhando em Parnamirim. É um total desleixo com os profissionais que estão na linha de frente do atendimento à população”, frisou.
O vereador Irani Guedes (Republicanos) se mostrou indignado com a situação nas unidades de urgência e emergência. “Não é só a UPA de Nova Esperança que está sem reagentes e medicamentos, a situação é a mesma em outras unidades, como em Pirangi, onde médicos tiveram que fazer uma ‘cota’ para consertar as ambulâncias”, denunciou.
Ele fez um apelo para que o prefeito Taveira tomasse medidas para resolver os problemas. “Os profissionais estão fazendo o que podem, mas é inaceitável que o município não ofereça as condições mínimas para que eles realizem o trabalho”, disse, ressaltando a necessidade urgente de investimentos e reformas nas unidades de saúde para garantir o bem-estar da população.
Para o vereador Marquinhos da Climep (PSDB), a saúde de Parnamirim está na UTI. As unidades básicas não funcionam corretamente, as ambulâncias estão paradas e o Raios-X não está em operação. A população está sendo tratada com total descaso. É inadmissível que, no final de uma gestão, a saúde pública de Parnamirim esteja em colapso dessa forma”, afirmou, exigindo que a Prefeitura tome medidas imediatas para melhorar a saúde na cidade