O dólar subia frente ao real nesta sexta-feira (19), em linha com um salto da divisa norte-americana no exterior em meio a temores econômicos generalizados, ficando a caminho de forte alta semanal. Às 9h07 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,55%, a R$ 5,2000 na venda.
Na B3, às 9h07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,53%, a R$ 5,2175.
Na quinta-feira (18), os mercados fecharam o dia perto da estabilidade. O dólar comercial subiu 0,07%, cotado a R$ 5,1710. Na Bolsa de Valores brasileira, o índice de referência Ibovespa subiu 0,09%, a 113.812 pontos.
Investidores continuaram digerindo ao longo do dia a ata da última reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), divulgada na quarta (17).
Na falta de notícias com grande potencial de impacto, investidores direcionaram suas atenções a declarações de formuladores da política monetária americana.
James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, disse estar inclinado a uma nova alta de 0,75 ponto percentual nos juros de referência dos EUA em setembro.
Elevações de 0,75 ponto percentual foram aplicadas nas duas últimas reuniões do comitê monetário do banco central americano.
Reforçando uma postura firme no combate à inflação, Esther George, presidente do Fed de Kansas City, chamou de exagerada a expectativa que rondava os mercados de que haveria redução no aperto monetário após sinais de que a alta nos preços poderia ter atingido o seu pico.
A inflação acumulada em 12 meses até julho nos EUA é de 8,5%. Apesar de permanecer perto do seu maior nível em 40 anos, o índice de preços ao consumidor desacelerou no mês passado. Em junho, a alta era de 9,1%.
Dados do Departamento do Trabalho dos EUA divulgados nesta quinta mostraram que o número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada.
A geração de vagas de emprego é um dos indicadores de que a economia segue aquecida e, portanto, de que os preços vão continuar subindo.