Fotos: Reprodução / NSC TV
Era para ser mais um retorno normal para casa depois da aula. Mas no caminho, o ônibus escolar em que Rubia Sofia Rosa, 14 anos, estava acabou preso em uma inundação.
Um vídeo feito de dentro do ônibus “engolido” pela água mostra o momento em que o veículo cai em uma vala antes de ser evacuado. Agora, passado o susto, a aluna de Capinzal, no Meio-Oeste de Santa Catarina, relata a preocupação daquele momento. “O medo era de cair na água”, afirma Rubia.
A adolescente estava no ônibus escolar da prefeitura com o motorista, a monitora e outros estudantes, com idades entre 12 e 15 anos. Uma gravação feita por quem estava dentro do veículo mostra o grupo trafegando em uma área rural quando, de repente, a estrada é tomada pela água.
Uma das rodas do veículo cai em uma vala e ele fica de lado, com água para todos os cantos, conta a jovem. “A gente tentou ligar para a emergência, mas não dava”, recorda.
Segundo Rubia, o motorista decidiu quebrar as janelas das saídas de emergência, mas logo perceberam o risco de caírem na água. A solução foi sair pelo teto do ônibus, se agarrar à vegetação às margens da rua e chegar no barranco. A estudante conta que a correnteza era muito forte, e ela e o motorista precisaram ajudar a monitora a chegar em terra firme. Uma pessoa aparece nos vídeos completamente molhada.
Depois que todos saíram, o veículo chegou a ser arrastado por alguns metros. O grupo recebeu abrigo de uma família até a água baixar e um outro ônibus ser enviado.
O motorista conseguiu tirar as 12 crianças pela saída de emergência do teto, e ninguém ficou ferido, segundo a prefeitura. O caso ocorreu na tarde de quinta-feira (2), no caminho para deixar os alunos em casa.
O motorista, Leomar Ribas, explicou que precisou usar a saída de emergência do teto do veículo. Para chegar à superfície, eles pularam para um barranco às margens da via.
O motorista contou que foi surpreendido com a enchente. “Uma ponte escapou, represou a água e jogou para a rua. Foi de encontro ao ônibus rapidamente, questão de segundos, que não deu tempo do ônibus… A única coisa foi parar. Já não dava para voltar mais também”, relatou Ribas.
Ele disse que fez vários cursos sobre situações de emergência e primeiros-socorros, que o ajudaram na decisão sobre o que fazer na hora.
g1/NSC Total
