“O presidente da República contribuiu muito com esse clima de radicalização”, lamentou o ex-prefeito de Natal, o candidato ao Senado Federal Carlos Eduardo Alves (PDT) ao afirmar que o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, endossa o clima de radicalização e violência política na campanha eleitoral de 2 de outubro. Ele disse que Bolsonaro “negligenciou” e fez “chacota” da vacina, ao defender o tratamento precoce no combate a pandemia das covid-19.
De acordo com Carlos Eduardo Alves, “veja, a gente saiu também de uma polarização que era PSDB e PT, disputaram no mínimo quatro ou cinco vezes à Presidência da República, inclusive no segundo turno. Evidentemente que nessa época não existia algumas violências injustificáveis como existe hoje. O Brasil hoje vive outra realidade, onde a arma foi liberada, as pessoas estão armadas e isso contribui muito para a violência”.
O candidato ao Senado Federal explicou, “o próprio presidente da República tem um pavio curto demais e faz declarações que a mim mesmo causa indicação. O que eu enfrentei durante a pandemia com o presidente Bolsonaro, foi uma completa indignação e raiva que tive dele, porque ele negligenciou a vacina, levou na chacota. Ele disse que a mulher ia criar barba e que o homem ia falar fino, disse também que o homem e a mulher iam virar jacaré se tomassem a vacina, quando a gente sabe que cientificamente o único remédio para se combater o vírus é a vacina”, lamentou.
De acordo com Carlos Eduardo Alves relembrou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, que investigou supostas irregularidades na negociação para compra de diversas vacinas que foram oferecidas ao governo nos últimos meses. Há acusações de cobrança de propina, pressão para acelerar a aquisição sem respeitar as normas do Ministério da Saúde, suspeitas de sobrepreço e tráfico de influência.
“A cloroquina nunca teve comprovação científica e foi denunciada naquela CPI da Covid-19, [teve] corrupção na vacina, na compra de cloroquina e o presidente se conduziu muito mal com aquelas declarações em cima das vítimas de: ‘eu não sou coveiro’ e também ‘e daí’. Quer dizer o presidente da República contribuiu muito com esse clima de radicalização, mas eu não faço política com ódio, faço com política com ideias e propostas, por isso que fui um bom prefeito e realizei tanto pela cidade de Natal”, em entrevista à Rádio 91 FM, Natal, nesta segunda-feira 29.
O candidato do PDT relembrou ainda liminar pedida pela Coligação ‘O Melhor Vai Começar!’, solicitando que a justiça eleitoral impeça a presença do candidato ao Congresso Nacional, o deputado federal Rafael Motta (PSB), em movimentações políticas da coligação da governadora Fátima Bezerra (PT), como forma de preservar a segurança das pessoas, sobretudo durante os eventos de campanhas, onde os ânimos ficam mais exaltados.
“O candidato do PSB comete um ato de grande irresponsabilidade: num país que vive uma campanha altamente polarizada, na disputa presidencial, em que a população foi autorizada a andar armada, é uma temeridade que se invada um ato da campanha de uma outra coligação, no caso a nossa, com ‘paredão de som’, militantes e bandeiras desse numa provocação sem precedentes que afronta as normas que regem a campanha eleitoral. O que faz o meu adversário, é um ato irresponsável da mais extrema gravidade e que põe em risco a segurança das pessoas”, pontuou.
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