Por: Jornalista Marciel Nogueira
Por décadas, enquanto o sertão rachava sob o sol impiedoso, havia uma voz — firme, experiente e emotiva — que jamais abandonou o homem do campo. Essa voz tinha nome: Vivaldo Costa.
No Rio Grande do Norte, poucos líderes carregam consigo uma história tão profundamente entrelaçada às dores e esperanças do semiárido quanto o deputado estadual Dr. Vivaldo Costa. Médico dos pobres, ex-governador, parlamentar incansável — mas, sobretudo, seridoense de alma inteira — Vivaldo construiu uma trajetória marcada pela defesa obstinada do sertanejo e pela busca incessante de soluções para a convivência digna com a seca.
O Governador que Olhou para o Sertão com Olhos de Filho
Em 1994, durante os breves nove meses em que governou o Estado, Vivaldo Costa demonstrou que a rapidez do tempo não limita quem tem urgência no coração. Seu mandato foi curto, mas sua ação foi profunda.
Ele percorreu Petrolina (PE) — referência nacional em tecnologias de irrigação — não como turista, mas como aprendiz comprometido com o seu povo. Levou consigo técnicos da Emater, absorveu métodos, estudou cada detalhe do manejo eficiente da água e, ao retornar, plantou as sementes do que poderia ter sido uma grande revolução rural no Seridó.
Nasceram daí projetos como as barragens submersas e os barreiros de salvamento, iniciativas que buscavam transformar pequenas propriedades de 10 hectares em terras produtivas e sustentáveis. Para muitos agricultores, essa era uma promessa real de autonomia, leite no curral e mesa farta.
E foi também nesse curto governo que uma das obras mais simbólicas para a região ganhou vida: a Barragem Passagem das Traíras, erguida durante o governo Vivaldo Costa.
Anos mais tarde, já como deputado estadual, Vivaldo voltou a defender a estrutura, cobrando e acompanhando de perto sua recuperação e reforma, reafirmando seu compromisso contínuo com a segurança hídrica da região.
A passarela do tempo pode até envelhecer o concreto, mas não apaga a marca de quem o colocou ali pela primeira vez.
O Deputado que Nunca Desistiu do Sertanejo
Se como governador deixou marcas, como deputado estadual Vivaldo construiu um legado.
No plenário da Assembleia Legislativa, sua voz ecoou — e ainda ecoa — como a de um verdadeiro guardião do semiárido. Ano após ano, seca após seca, crise após crise, Vivaldo jamais deixou que o sofrimento do sertanejo fosse esquecido nos gabinetes refrigerados.
Sua atuação combina cobrança firme com proposições claras:
⚬ Alertas sem medo
Ele denunciou as piores estiagens da história recente do RN, deu visibilidade ao drama do homem do campo e expôs a urgência de ações governamentais.
⚬ Defesa do agricultor familiar
Cobrou do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste a prorrogação de dívidas e a abertura de crédito para quem produz alimento com a própria mão calejada.
⚬ Subsídio ao milho
Uma luta antiga, mas sempre atual: garantir milho mais barato para manter vivo o rebanho da bacia leiteira — o coração econômico e cultural do Seridó.
⚬ Obras que mudam destinos
Vivaldo exigiu agilidade na Adutora de Caicó, defendeu a Barragem de Oiticica e cobrou o pleno funcionamento de sistemas hídricos essenciais para o abastecimento humano e animal.
⚬ Audiências públicas decisivas
Sob sua iniciativa, técnicos, especialistas e gestores se reuniram para traçar estratégias emergenciais. Foi ele quem manteve a seca como prioridade quando muitos preferiam ignorá-la.
E coube a ele, também, a defesa incansável pela recuperação da Barragem Passagem das Traíras, que ele próprio havia deixado como legado à região quando governou o Estado.
Orgulho Seridoense: Vivaldo Costa, o Político que É do Povo
Para o sertanejo que acorda antes do sol e enfrenta a dureza da terra, Vivaldo Costa não é apenas um político.
É alguém que fala sua língua. Que conhece suas dores. Que respeita suas raízes.
E, principalmente, é alguém que nunca virou as costas para o Seridó — nem nos tempos mais difíceis.
Sua trajetória não se mede apenas em cargos; se mede em compromisso. Em presença. Em coragem. Em empatia.
Se mede, sobretudo, na força de um homem que dedicou sua vida a lutar para que o sertanejo não sobreviva apesar da seca, mas sim conviva com ela com dignidade.
Para muitos, Vivaldo Costa é história. Para o Seridó, é esperança que nunca se acabou.
E enquanto houver poeira levantada pelo vento quente do semiárido, enquanto houver um agricultor esperando por dias melhores, a voz de Vivaldo Costa continuará ecoando — firme como o chão rachado, resistente como o povo do Seridó.
Porque, no sertão, alguns nomes não são apenas lembrados.
São sentidos.


































